TRÂNSITO & VOLTA ÀS AULAS

sexta-feira, 2 de maio de 2008 Karine Winter



No retorno das aulas, o trânsito torna-se uma das grandes preocupações de muitos pais e das próprias crianças e adolescentes também. Dados do Ministério da Saúde destacam que seis mil crianças morrem e outras 140 mil são hospitalizadas em decorrência de acidentes todos os anos. Quase a metade desse número de mortes é resultado dos acidentes de trânsito. Estudos comprovam que 90% desses acidentes poderiam ter sido evitados com simples atitudes de prevenção. 

As crianças que estão na faixa etária entre 5 e 10 anos estão entre as mais atingidas porque, nesta idade, estão no início da vida escolar e ainda não têm maturidade para realizar a travessia de uma via com segurança, por exemplo. Os meninos são as maiores vítimas desses atropelamentos. As crianças menores de cinco anos normalmente não apresentam índices significativos de taxas de mortalidade por atropelamento, pois quase sempre estão sob vigilância ou em companhia dos pais ou responsáveis. 

Nesta idade é preciso saber a melhor forma de andar com uma criança pelas vias. É preciso segurá-las pelo pulso, e não pelas mãos. Pelo pulso é mais difícil a mão da criança escorregar das mãos do adulto, e nesses impulsos freqüentes que os pequenos têm de sair correndo a qualquer momento, segurá-la pelo pulso garante maior firmeza, segurança e ajuda a prevenir acidentes. 

Em cerca de 80% dos casos de atropelamento, o pedestre é atingido pela dianteira de um veículo. A ideia de que, em um atropelamento, o veículo "passa por cima" do pedestre não coincide com o que ocorre na maior parte dos casos. O fato mais comum é aquele em que o pedestre, após o choque com a frente de um veículo, rola sobre o capô e sobre o pára-brisa do veículo que o atinge. Praticamente todos os traumas e fraturas que um pedestre sofre, centram-se na região pélvica e nas pernas e, são causadas pelo contato com o veículo e não com o solo. 

Em crianças com idade abaixo de 5 anos, as lesões mais comuns são as na cabeça e no pescoço, e a explicação mais provável para essas lesões é atribuída à altura da criança em relação aos pára-choques dos veículos envolvidos. A criança é atingida pelo pára-choque na parte mais alta dos membros inferiores e no tronco, que colide com a dianteira do capô do veículo.

As sequelas dessas vítimas vão muito além do trauma físico. A regressão no perfil psicológico e o medo são diagnósticos comuns nas crianças e podem comprometer seu desenvolvimento e sua vida adulta. Os acidentes de trânsito são considerados, pela maioria da população brasileira, uma fatalidade, algo que acontece ao acaso, uma ocorrência inevitável. Ao contrário do que se pensa, poderiam ser evitados 90% dos acidentes caso se adotassem medidas simples, baseadas na conscientização e na mudança de comportamento dos pais e dos responsáveis pelas crianças. Dar um bom exemplo é fundamental, praticando as regras de trânsito corretamente. 

Os motoristas que na sua maioria vivem com pressa excedem os limites de velocidade, que apresentam um comportamento inadequado, muitas vezes agressivo, que param em fila dupla ignorando a passagem das crianças, são os que causam a maioria dos acidentes com gravidade e que irão vitimar as crianças. Respeitar a velocidade em frente às escolas e redobrar a atenção para a passagem de crianças nesses locais são regras importantes e que devem ser respeitadas pelos motoristas, além do bom exemplo é claro. PENSE NISSO!


Fonte de Referência: ONG Criança Segura e Perkons

Autoria de: Karine Winter